A proposta das Finanças, lideradas por Vítor Gaspar, e da CMVM para colocar um fim às medidas anti-OPA está a suscitar alguma polémica.
Maiores grupos nacionais pedem tempo para se poderem capitalizar antes de as novas regras entrarem em vigor.
A maioria das grandes cotadas portuguesas é contra o fim das medidas anti-OPA, facilitado pela recente proposta da CMVM e do Ministério das Finanças. No entanto, há outro argumento em cima da mesa: se as regras forem mesmo alteradas, que não o sejam já, num período em que as empresas estão a "preço de saldo" e os grandes grupos nacionais muito fragilizados financeiramente.
A fragilidade das empresas e dos grupos nacionais é, de resto, um argumento comum na contestação que o Instituto Português de Corporate Governance (IPCG) e a Associação de Empresas Emitentes de Valores Cotados em Mercado (AEM) - que tem entre os seus associados boa parte das grandes empresas nacionais - fazem da proposta da CMVM.