Associação de Investidores alerta que a credibilidade do mercado de capitais português é frágil.
Os sucessivos "casos em redor de operações de cotadas portuguesas não estão a passar despercebidos no exterior e poderão mesmo afastar investidores do país. A afirmação é do presidente da ATM - Associação de Investidores e Analistas Técnicos, Octávio Viana, que tem acompanhado de perto a maior parte das Ofertas Públicas de Aquisição (OPA) e também as privatizações, nomeadamente a da última fase da EDP - Energias de Portugal.
"Há operações que foram opacas", diz Octávio Viana, que contestou, em nome dos associados, inúmeras decisões e informações anunciadas tanto por entidades de supervisão, como a Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), como por parte de empresas cotadas.
A mais recente polémica envolve a OPA da brasileira Camargo Côrrea sobre a Cimpor, que está agora nas mãos da Procuradoria-Geral da República (PGR), na sequência de uma queixa da ATM. "A OPA da Cimpor começou torta, acabou torata e no pós-OPA continua torta"., destaca Octávio Viana.
Mas não é caso único. A ATM levantou muitas dúvidas sobre a forma como foi feita a venda de parte do capital da EDP à China Three Gorges.
Investidores pedem CMVM mais forte (539.16 kB 2012-08-09 00:41:52)